Vamos dar início a divulgação de algumas poesias/crônicas que estarão no livro.
O olhar do outro
Um deficiente tenta olhar o outro de frente E recebe um olhar duvidoso, de medo...
E se revolta.
...
Eu vi um olhar perdido no escuro.
Um deficiente tenta olhar o outro de frente E recebe um olhar duvidoso, de medo...
E se revolta.
...
Eu vi um olhar perdido no escuro.
Ester Dagmar da Silva
Tem 53 anos, 7o período EJA , Escola Municipal Professora Stella Saraiva Peano.
Camila Aparecida Rodrigues Mota
Igor Lucas Dos Reis Silva
Vanessa Gomes Andrade
Textos produzidos a partir da narrativa “A pipa e a flor”, de Rubem Alves, por participantes do Projeto Tecnologia Escutatória, em maio de 2014. O Projeto Tecnologia Escutatória é realizado pelo EMCANTAR e Instituto Algar, em parceria com o Programa Transforma, por meio da lei estadual de incentivo à cultura de Minas Gerais.
Tem 53 anos, 7o período EJA , Escola Municipal Professora Stella Saraiva Peano.
Insônia
Tic-tac, tic-tac, tic-tac... O relógio está parado no mesmo lugar de sempre, mas os ponteiros vão mudando devagar e ordenadamente, e junto com o passar dos ponteiros, passam-se as horas. O tempo caminha, ora ligeiro, ora lento.
O vento sopra forte agitando as folhas das árvores; o ar frio congela a espinha e arrepia a pele; a noite escura, sem lua e sem estrelas, e o céu coberto por densas e negras nuvens, passam uma sensação de puro horror.
É madrugada e minha velha companheira está ao meu lado, não me esquece por nem um segundo. Faz questão de me vigiar de perto. Quando percebe que estou pegando no sono, ela começa a sussurrar em meu ouvido palavras que arrepiam a alma e congelam o coração; o medo me domina, me faz lembrar dos terríveis sonhos, cheios de monstros, mortes, pânico e terror. Os pesadelos me assombram e mais uma vez o desespero se apodera de mim, e passo mais uma noite em claro, olhos abertos, fixos no teto.
Como sinto raiva dessa companheira; como desejo que apenas nesta madrugada ela me dê um pouco de sossego. Meu corpo implora por descanso; meu cérebro necessita recompor-se e meu espírito clama por paz.
Ah, INSÔNIA! Cruel e ingrata, deixe de tormenta e volte para o lugar de onde veio. Hoje, você querendo ou não, eu irei ter um merecido repouso. Adeus companheira, esta será a última vez que a verei, pois a partir deste momento, irei abandoná-la e dormir... ETERNAMENTE!
Tic-tac, tic-tac, tic-tac... O relógio está parado no mesmo lugar de sempre, mas os ponteiros vão mudando devagar e ordenadamente, e junto com o passar dos ponteiros, passam-se as horas. O tempo caminha, ora ligeiro, ora lento.
O vento sopra forte agitando as folhas das árvores; o ar frio congela a espinha e arrepia a pele; a noite escura, sem lua e sem estrelas, e o céu coberto por densas e negras nuvens, passam uma sensação de puro horror.
É madrugada e minha velha companheira está ao meu lado, não me esquece por nem um segundo. Faz questão de me vigiar de perto. Quando percebe que estou pegando no sono, ela começa a sussurrar em meu ouvido palavras que arrepiam a alma e congelam o coração; o medo me domina, me faz lembrar dos terríveis sonhos, cheios de monstros, mortes, pânico e terror. Os pesadelos me assombram e mais uma vez o desespero se apodera de mim, e passo mais uma noite em claro, olhos abertos, fixos no teto.
Como sinto raiva dessa companheira; como desejo que apenas nesta madrugada ela me dê um pouco de sossego. Meu corpo implora por descanso; meu cérebro necessita recompor-se e meu espírito clama por paz.
Ah, INSÔNIA! Cruel e ingrata, deixe de tormenta e volte para o lugar de onde veio. Hoje, você querendo ou não, eu irei ter um merecido repouso. Adeus companheira, esta será a última vez que a verei, pois a partir deste momento, irei abandoná-la e dormir... ETERNAMENTE!
Camila Aparecida Rodrigues Mota
Aluna do 1o J – E.E. Teotônio Vilela - Anexo Morada Nova.
Olhares
De amor, de medo,
de receio, de segredo. Olhar de choro, de alegria, Olhar de criança, de esperança, Olhar de dor, de amor, Olhar de assustada, Olhar de bem grata.
Olhares sofridos, Olhares queridos, Mas nunca esquecidos. Olhares com suspiros, Olhares surpreendidos! Olhares...
Ah, olhares...
Olhar sem brilho é morto. Amor sem olhar é torto. E quantos pecados, somente no olhar...
Ah, olhares... Amores bandidos, Amores perdidos, Até os mais escondidos, conseguem se olhar.
O olhar não se contesta. O amor não se empresta. O olhar se expressa.
E quem não amou?
E quem não olhou?
Então, porque não se olhar? Por que não se gostar?
E talvez até permitir-se amar?
Morrana Monitchelly Freitas Souza
Tem 15 anos e estuda no 1o ano do Ensino Médio na Escola Estadual do Parque São Jorge.
De amor, de medo,
de receio, de segredo. Olhar de choro, de alegria, Olhar de criança, de esperança, Olhar de dor, de amor, Olhar de assustada, Olhar de bem grata.
Olhares sofridos, Olhares queridos, Mas nunca esquecidos. Olhares com suspiros, Olhares surpreendidos! Olhares...
Ah, olhares...
Olhar sem brilho é morto. Amor sem olhar é torto. E quantos pecados, somente no olhar...
Ah, olhares... Amores bandidos, Amores perdidos, Até os mais escondidos, conseguem se olhar.
O olhar não se contesta. O amor não se empresta. O olhar se expressa.
E quem não amou?
E quem não olhou?
Então, porque não se olhar? Por que não se gostar?
E talvez até permitir-se amar?
Morrana Monitchelly Freitas Souza
Tem 15 anos e estuda no 1o ano do Ensino Médio na Escola Estadual do Parque São Jorge.
Tudo é lindo na natureza
Ao amanhecer olho para o céu vejo o sol.
Ao anoitecer
A lua vai aparecer
As estrelas vão brilhar,
Na floresta tem árvores para todos os pássaros, No rio vejo peixes,
no ar folhas dançam, troncos centenários.
Como é bela a natureza, isso não pode acabar.
Ao amanhecer olho para o céu vejo o sol.
Ao anoitecer
A lua vai aparecer
As estrelas vão brilhar,
Na floresta tem árvores para todos os pássaros, No rio vejo peixes,
no ar folhas dançam, troncos centenários.
Como é bela a natureza, isso não pode acabar.
Igor Lucas Dos Reis Silva
Tem 16 anos; 7o período EJA; Escola Municipal Professor Ladário Teixeira.
Amizade não rima com ciumeira
Tenho uma amiga lá da escola que é meio grudenta. Ela não quer que eu fale com as outras pessoas. Falo com alguém e ela já fala que se eu continuar, ela não será mais minha amiga. O que eu não entendo é que ela pode conversar com outras pessoas e eu não! Já aconteceu com ela de perder uma amiga (por ser tão grudenta assim) e é capaz de ela também perder outra, que sou eu, porque eu também sou um ser humano. Quero viver livre feito, mas ela me prende e não me solta. Parece que eu sou um pássaro dentro da gaiola, sufocado, sem ar. Acho que as amigas são para a vida toda... mas não feito chiclete.
Tenho uma amiga lá da escola que é meio grudenta. Ela não quer que eu fale com as outras pessoas. Falo com alguém e ela já fala que se eu continuar, ela não será mais minha amiga. O que eu não entendo é que ela pode conversar com outras pessoas e eu não! Já aconteceu com ela de perder uma amiga (por ser tão grudenta assim) e é capaz de ela também perder outra, que sou eu, porque eu também sou um ser humano. Quero viver livre feito, mas ela me prende e não me solta. Parece que eu sou um pássaro dentro da gaiola, sufocado, sem ar. Acho que as amigas são para a vida toda... mas não feito chiclete.
Vanessa Gomes Andrade
Textos produzidos a partir da narrativa “A pipa e a flor”, de Rubem Alves, por participantes do Projeto Tecnologia Escutatória, em maio de 2014. O Projeto Tecnologia Escutatória é realizado pelo EMCANTAR e Instituto Algar, em parceria com o Programa Transforma, por meio da lei estadual de incentivo à cultura de Minas Gerais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário